domingo, 1 de julho de 2018

A DOR DE UM POETA

A DOR DE UM POETA
Meu coração se entristeceu, 
minhas carnes estão doloridas
meus ossos parecem firmes

por dentro estão calejados
por um grande amigo que perdi.
A caneta está sem tinta
a folha em branco permanecerá
tantas perguntas se fazem 
e nenhuma quero aceitar.
Meu coração se entristeceu
meus olhos envermelhados
de lágrimas que se vêm, de dores de saudades
de um irmão que perdi.
A poesia está sem rima
as palavras sem letras, letras sem palavras, 
quão mudo eu fiquei.
Quão mudo estou agora, sem palavras e sem respostas
de tantas perguntas me perguntei, de quanto tempo eu perdi, 
de quanto tempo eu fiquei sem palavras e sem letras.
O poeta clama e chora
grita e implora,
como gostaria de viver
em outrora daquele dia,
daquela manhã,
daquele sol que aquecia
e aos poucos perderia uma manhã de esperança.
O poeta sem palavras
O céu sem o azul
O mar sem as águas
Uma história incompleta
assim se sente o poeta, 
assim se sente o irmão,
assim se sente o amigo.
É nas palavra vazias
é no coração dolorido
é na paz que finjo que tenho
é na visita que eu perdi.
Meu coração se entristeceu
minhas carnes estão doloridas
meus ossos parecem firmes, 
por dentro estão calejados
Minha garganta está entalada
por uma palavra que não disse.
Meu irmão Eis-me aqui.


( Esta mensagem é em homenagem ao meu irmão,SEBASTIÃO ROGÉRIODE SIQUEIRA, in memória)


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