segunda-feira, 26 de novembro de 2018

A PORTEIRA


Do lado de dentro,
um mundo diferente,
Aonde muita gente,
Se sente gente,
perto do rio de água corrente.

E o céu reluz e brilhante,
A fascinante lua cheia,
o cheiro do mato,
O velho fogão de lenha,
E na lagoa o canto do sapo.

Da porteira pra fora,
um mundo desigualdade,
o certo virou errado,
A mentira passou a verdade,
A amizade não vale mais nada.

A simplicidade perdeu pra arrogância,
A coragem se aliou ao medo,
O campo virou cidade,
por tanta atrocidade,
o homem perdeu sua identidade.

Quando vejo aquela porteira,
Toda escancarada,
Já vem em minha mente,
o progresso dos homens,
Abriu a porteira da simplicidade.

(Ivanderlan Siqueira)

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

O CATAVENTO



No meio do tempo,
a procura de vento,
não perde tempo,
Em busca de vento.

Pela manhã lentamente,
o galo já começa a cantar,
É hora da labuta,
E o catavento,
Em busca de vento.

Lá no meio da Serra, 
entre campos e veredas,
Não para no tempo,
Só se não tiver vento,
pra ele descansar.

Ao meio dia,
no meio do campo,
o catavento cansado,
Pouco vento,
O homem ver no catavento,
a hora de almoçar.

Catavento,
no meio do tempo,
Tomou o meu tempo,
fez me lembrar,
Quando menino te admirar,
pra saber aonde o vento encontrar.

O catavento,
sua força vem do vento,
sem rumo,
Igual ao homem,
Quando perde a razão. 

Catavento de várias direções,
Como o homem de vários pensamentos,
não sabe pra que lado deve seguir,
Movido pelo vento das emoções.

O catavento... 

(Ivanderlan Siqueira)

sábado, 17 de novembro de 2018

O GUARDA ROUPA


Em cada parte,
Um vestiário,
Pra cada personagem,
Em cada vestimenta,
Um momento.

Cachecol de lã,
Calças dobradas,
no meio espaço,
um laço,
Separação.

Cabides com vestimentas,
cores neutras e coloridas,
Alguns ocupados,
Outros vazios,
Pelo tempo empoeirado, 
Pela vida esquecida.

O bom guarda roupa,
Assim como o bom coração,
Guarda se bons momentos,
permanece intacto,
Na mesma posição.

Na esperança de que um dia,
Alguém abra suas portas,
E se sinta a vontade,
De trocar suas vestimentas,
Pra reviver os bons momentos, 
Uma igual pra diferente.

(Ivanderlan Siqueira)

A SERPENTE E A MULHER


Em um bom jardim da vida,
Os espinhos despercebidos,
se transforma em flores.

Esperta da serpente,
Igual muita gente,
Viu no jardim da vida,
A mulher distraída pelo tempo.

Lugar errado na hora errada,
Estava ali aquela mulher,
Sem perceber as consequências futuras.

Se tivesse perto do marido,
Teria evitado a queda,
Não teria sufocado com vãs palavras da serpente da dúvida.

E o homem por se achar ocupado,
Não percebeu que o seu lar,
Corria sério perigo,
Até a dor do parto se acabar.

Fez da mulher seu braço forte,
por onde se começou,
todo tipo de morte morrida.

A serpente veio,
lançou seu veneno,
Pra conhecer o pecado,
É necessário praticar.

Hora errada em lugar errado,
deve se evitar,
E muitos permanecem,
no mesmo lugar.

Ouvindo a serpente da dúvida,
Não posso, não vai dar,
Será? Se eu não...
Mais uma Eva perdida no jardim.

E a vida outrora,
Era um paraíso,
Se torna um inferno,
Por está na hora errada em lugar errado.

E a serpente sai rastejando,
em outros jardins,
a procura de novas presas,
Pra enganar.

(Ivanderlan Siqueira)

O DESERTO


É no deserto,
Pra se ter de certo,
a direção.

É no deserto,
Pra se ter de certo,
Deus vê o coração.

É no deserto,
Que se descobre,
O quanto o ser humano necessita,
De coragem e força.

A coragem,
pra enfrentar os lobos noturnos,
A força,
Pra se agarrar na árvore da vida.

É no deserto,
Pra se ter de certo,
A videira da vida.

(Ivanderlan Siqueira)

Quem te ver de longe, Não te reconhece de perto...

Quem te ver de longe,
Não te reconhece de perto... 

Em dias de labutas,
tudo se parece ao contrário,
Seguir os mesmos passos,
Com os pés empoeirado.

Quem te ver de longe,
Não te reconhece de perto...

As lutas deixam o homem desfigurado,
espírito abatido,
Rosto molhado.

Quem te ver de longe,
Não te reconhece de perto...

No meio dessa estrada,
Entre veredas e caatinga,
Sorrir em ventos favoráveis.

Quem te ver de longe,
Não te reconhece de perto...

Permanecer firme,
Com o mesmo sorriso,
Em ventos ao contrário,

Quem te ver de longe,
Não te reconhece de perto...

(Ivanderlan Siqueira)

Ainda Bem ...


Alguém cuida de mim,
Não ver os meus defeitos,
Me fere e dar um jeito,
Pra que eu possa refletir.

Ainda bem... 

Me faz bem ter alguém assim,
Nobre e majestoso,
Eu um ansioso,
Ele, PODEROSO.

Ainda bem... 

Tenho sua semelhança,
Tornei o impróprio dos homens,
Por caminhar em terras de fariseu. 

Ainda bem...

O ar que respiro vem.do Senhor,
A força da minha vida,
Eu aprendi e entendi,
O Senhor não desampara.

(Ivanderlan Siqueira)

O MEU PRIMEIRO CARRO


Uma máquina de costura,
no canto da sala,
Era o meu carro de menino,
Não tinha estrada,
E nem saia do lugar.

Aquele ambiente,
Era o suficiente, 
pra se tornar,
Máquina de costura,
Em um carro pelas estradas invisíveis.

Não existia maldade,
Muito menos tecnologia pra atrapalhar,
O melhor desenvolvimento,
Era as histórias criadas pra brincar.

Nesse carro,
Ninguém podia te ultrapassar,
Muito menos cruzar teus caminhos,
podia acelerar,
até a onde a máquina permitia,
E a vida continuava sem passar.

Era uma reta só,
No canto da parede,
Enquanto a costureira não vem, 
hoje o que tem,
É a lembrança do meu primeiro carro.

(Ivanderlan Siqueira)

LUTA


O mundo é um tablado de luta,
neste ringue os desafios surgem,
Golpes e nocautes,
quedas e feridas,
Desistir é para os fracos.

Sou forte,
O Juiz dessa luta,
Decretou vida,
Venceu a morte,
Só desço desse ringue,
com o cinto da vitória. 

(Ivanderlan Siqueira)

O CADARÇO


Um dia de mormaço ,
Por onde o suor,
Cai sobre o corpo,
Vem o cansaço,
Com a desistência.

Um cadarço só,
com um nó,
se perde tempo,
A todo momento,
Desata o nó,
Pisa e cai sem dó.

Cadarço velho se quebra,
em cada tempo,
é bom renovar,
Pra se sentir confiante,
e poder caminhar,
sem tropeços e ressentimentos.

Já um cadarço,
de três dobras,
não se quebra tão depressa,
deixa os pés firmes,
em um caminho de pedras.

O cadarço...

(Ivanderlan Siqueira)

Dois Caminhos


Há dois caminhos,
a serem escolhidos,
O largo,
de longe,
Perfeito,
E espaçoso,
O bem estar,
Cheio de glamour,
E a dor,
Se transforma em lágrimas.

Caminho curto,
Apertado,
De longe estreito,
Pouca gente passa por lá,
E o pouco que tem,
Nada lhes convém,
Mudar ou travesar,
para o outro caminho.

Aos que vivem no estreito,
Vida longa diante do Rei,
Triste vida,
Pior do que a morte de severina,
Para aqueles que caminham,
Em um caminho largo,
De mentiras e enganos.

Eis o fim... 

(Ivanderlan Siqueira)

Hoje o dia é dela...

Toda bela, Faz do inverno primavera, E lá do alto, Um reino que foi feito pra ela, Manhã construída com exclusividade pra ela.   N...