sábado, 29 de fevereiro de 2020

A SAUDADE


A lágrima que fica,
o sorriso que se perde,
ao mesmo tempo que dói,
alivia.

Um abraço incompleto,
o beijo sem lábios,
o aperto de uma mão,
O até daqui a pouco.

A saudade de um olhar,
as confissões da adolescência,
o primeiro livro,
recordar.

Recordar o ontem,
as caminhadas,
o amigo que ficou atrás,
a saudade.

O jantar da mesa,
encontro e desencontro,
o cheiro do café da manhã,
a vida.

O lápis sem ponta,
a caneta sem tinta,
a poesia sem rima,
a história se finda.

Saudade...

(Ivanderlan Siqueira)

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

A POESIA E O AMOR

A poesia do amor,
os versos de carinhos,
palavras dissilabas,
histórias completas,

Amor em linhas,
folhas brancas,
livro aberto,
páginas viradas.

O abraço,
Duas folhas grudadas,
inseparáveis,
como a beleza das flores.

A poesia em letras,
o amor no coração,
filosofia dos versos,
palavras conjugadas.

A poesia e o amor...

 (Ivanderlan Siqueira)

A TRAIÇÃO

Semente infiel,
plantada em terra boa,
quem colhe é inocente,
Vasilha da ingratidão.

Em noites claras,
o perturbador da mente,
o silêncio revelador do oculto,
o perdido em outro mundo.

A dor de quem vai,
a  ferida que ficou pra trás,
a marca da cicatriz,
cai as cascas da traição.

O incesso da história,
a borracha que apaga a escrita,
Os contos,
Os versos de uma linda história.

O caminho sem direção,
dois corações em tribulação,
olhar de um,
palavras de outros.

O roubo da fidelidade,
O estupro da confiança,
a morte de um sentimento,
O homicida,
A traição.

 (Ivanderlan Siqueira)

E assim foi...

Com efeito de cores,
tons de suavidades,
o editor da vida,
dar pra cada um,
uma sequência com muitas histórias,
Uma timeline da vida.

Com cursor na linha do tempo,
Daqui pra frente se inicia,
O sol brilhará felicidades,
O dia foi editado com transições,
Reservou imagens de vidas,
que por essas vidas nos presenteou, você.

(Ivanderlan Siqueira)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

CASA VAZIA 4

Tudo empoeirado,
como se tivesse abandonado,
um ventilador ligado,
um quarto ocupado,
outros vazios do nada,
Um corredor de entulhos,
Ao poucos,
tudo sendo renovado.

Uma moldura,
Um coração transformado,
a cor cinzenta,
trocada pela claridade,
a todo instante,
o morador passa o pano úmido,
pra tirar o pó,
O pó da insatisfação.

Luzes apagadas,
Uma toalha estendida,
O espelho reflete a imagem,
de um teto branco como a neve,
A glória da segunda casa,
É maior do que a primeira.

(Ivanderlan Siqueira)

TODA MANHÃ

A gente olha pra cima e pra frente,
Sabe que tem muito o que caminhar,
Fazer e ajustar.

Toda manhã,
Uma nova luz ilumina os caminhos,
e caminhemos...

Sem medo,
no peito aquele desejo,
de um sonho a realizar.

Tiro meu velho chapéu,
como oferta ergo meus olhos aos céus,
e a luz que brilha durante o dia,
iluminará.

E o caminho difícil de seguir,
seguirei,
Ensinará, aprenderei...


(Tobias Ferraz / Ivanderlan Siqueira)


sábado, 1 de fevereiro de 2020

LÁ SE VAI ALGUNS DIAS...

E por trás daquela cortina,
entre a vidraça a luz do sol,
clareia o corredor,
vazio sem cor,
o homem sem amor.

Enquanto o corredor se clareia,
há um coração que não acendeia,
Se apaga como a lareira,
em uma casa abandonada,
escura e vazia.

As traças corroendo o tecido,
no canto da parede,
um fio isolado,
um coração amargurado,
uma história em branco esquecida,
em uma escrivaninha chamado vida.

A tinta clara na parede,
se mistura com as sombras das esquinas dos batentes,
Dando o tom de cinzas,
uma história termina por aqui.

Lá se vão mais alguns dias... O amanhã.

(Ivanderlan Siqueira)

LUAR DA ESTRADA

estradas escuras,
amor sem ternura,
cana de açúcar moída,
restilo que evapora,
o tempo que está la fora,
o amor vai embora,
no luar da estrada.

Curvas sinaladas,
de longe o brilho das luzes da cidade,
Um céu estrelado,
o homem restaurado.

Do retrovisor do carro,
se ver o que ficou pra trás,
guardar o passado,
não lembrar do errado.

200 metros,
uma curva,
seguir na realidade,
luar da estrada,
ilumina minha caminhada.

 (Ivanderlan Siqueira)

UM PEDIDO DE SOCORRO...

De repente o céu escureceu,
apocalipse?
o medo dos homens,
tanta coisa oculta pra revelar.

Não era apocalipse,
ainda dar tempo pra melhorar,
preservar sem discursos,
não precisar procurar o culpado.

Não era apocalipse,
era o choro da nossa mata,
era os gritos de nossos animais silvestres,
Era o canto de dor do macaco.

Era pássaros que perdiam seus ninhos,
Não era uma frente fria,
Era o homem frio e cauteloso.

Quanto mais me vejo ser humano,
Me vejo inferior aos animais,
não era mistérios da natureza,
Era a Amazônia,
a insônia desse mundo corrupto.

Era o sapo que não lavava o pé,
Assim não vai ter lagoas e rios,
nossos animais em extinções,
o filhote morto no colo do chimpanzé.

Enquanto todos saiam de suas casas,
Admirados ou com medo da conta chegar,
Outros pela janela,
Alguns nos escritórios,
É apocalipse?

Não era apocalipse
Era um pedido de socorro,
A guaruba,
A arara-azul,
O lobo-guará,
Amazônia a insônia desse mundo corrupto.

Apoliticamente o dia virou noite...

(Ivanderlan Siqueira)

O QUINTAL DE CASA

rastros deixados no meio do quintal,
pequenos trechos que se formou em caminhos esquecidos,
folhas caídas se secaram no meio do tempo,
buracos no meio,
pedras lançadas em volta.

O silêncio entre os galhos,
sandálias com as correias quebradas,
um quintal solitário,
encontros do dia e da noite,
e um balancinho pendurado na árvore,
lembranças da molecada.

A velha lata servida de vaso de flores,
enferrujada pelo tempo que passa,
um lençol estendido no varal,
o que se ver,
Retalhos de um lençol.

O quintal de casa...

(Ivanderlan Siqueira)

O TEMPO E O VENTO

Na velocidade do tempo,
na sintonia do vento,
por instinto ou natureza,
os dois se equilibram,
nos ponteiros da vida.

O sorriso que envelheceu,
o olhar cansado pelo tempo,
a velha camisa que um dia era nova,
o perfume pairava sobre o vento,
dando nos a suavidade das primicias,
De reviver todas as manhãs de um tempo.

E o vento carrega as folhas secas,
os galhos quebrados que caíram;
já o tempo,
leva histórias escritas,
muitas vividas,
outras sofridas,
algumas inesquecíveis.

(Ivanderlan Siqueira)

HÁ UM VENTO LÁ FORA

com a força invisível,
suavidade transparente,
refligerando vida.

O vento que sopra nas narinas,
A certeza de uma manhã,
A prioridade do louvor.

Há um vento lá fora

Enche todo espaço físico,
sem peso e sem medidas,
sem cor e sem crença.
O vento sem ventania,
O amor é uma decisão,
A sintonia do Criador com a criação.

Há um vento lá fora,
que sopra,
Vida.

(Ivanderlan Siqueira)

IMAGINE

Os campos secos se tornarem verdes,
O imprevisível tornar se invisível,
Os pesadelos tornarem sonhos comuns,
E os sonhos realidades.

Imagine

A dor dando lugar para o alívio,
O medo perdendo pra coragem,
O cansaço ao descanço,
o oculto sendo revelado.

O amigo cada dia sendo amigo,
A fome sendo extinta,
O prisioneiro sendo libertado,
A mão que se recuo sendo estendida.

Imagine.

(Ivanderlan Siqueira)

PISO VELHO

velha cabana,
sem piso velho,
sem rastros,
empoeirada,
com vestígios de saudade.

Piso novo,
Em caixas de papel,
piso velho,
ensacados no meio do tempo,
Em cacos,
Veio a lembrança,
das pegadas sobre o piso velho.

Do encontro ao desencontro,
do cheiro ao choro,
tempos de molequice,
olhares de travessuras,
Deitados e confiantes,
Sobre o velho piso no chão.

Arrancado pelo destino,
piso novo,
novas pegadas,
Outras moradas,
Novo Horizonte,
uma ponte,
uma direção,
Novo piso,
Novo coração.

(Ivanderlan Siqueira)

IN MEMÓRIA

Um dia silencioso,
Um canto da cidade,
A morte sem piedade,
tira da gente,
Os melhores personagens.

tanta gente que nos deixou,
nem se quer avisou,
E hoje,
engavetando saudades,
Arrumando lembranças.

Multidão em uma voz,
E a dor da partida,
ferida que não se finda,
amor sem igualdade.

Só sabe dessa partida,
aquele que ficou pra trás,
engavetando saudades,
arrumando lembranças.

A falta que alguém faz,
In memória.

(Ivanderlan Siqueira)

CASA VAZIA 3

A velha casa de pinturas claras,
E a poeira que toma conta,
veio a restauração,
parede coberta por um revestimento,
a vida de outrora,
segue em um caminho sem volta.

palavras vividas,
sonhos perdidos,
portas sobre os quartos,
um quintal de entulho,
a vida é um monturo,
quando há desolação.

Casa vazia,
de portas trocadas,
história findada,
janelas lavadas,
já na espera de novos hóspedes,
pra escrever uma nova história.

Casa vazia,
Por onde se ecoa o silêncio,
com pouca luz,
Com sombras das esquinas,
a vida que ensina,
Joelho dobrado,
dói mais que qualquer ferida,
desolação,
Casa vazia.

 (Ivanderlan Siqueira)

LIBERTINAGEM

o colapso na mente  da imbecilidade,
o oposto da  liberdade de viver,
distorce a verdade de um direito,
Como a paixão,
vã e passageira.

A mordaça pra uma sociedade,
costumes sem direito,
por egoísmo,
vive nessa atividade,
liberdade pra todos,
sem denegrir a imagem.

Libertinagem,
a poluição das mentes fracas,
o esgoto de corações podres,
fezes das linguas corruptas,
O vírus que se alastra.

Liberdade
pra se movimentar,
pra amar e obedecer,
Libertinagem,
é confundir,
Milho com sorgo,
trigo com joio,
com a própria liberdade.

(Ivanderlan Siqueira)

IDÓLATRA (politicamente)

Paixão exagerada,
nem tudo me convém,
paixão intensa,
Meus filhos são anjos,
reino condenado.

filhos de prostitutas,
amantes da falsidade,
insanos,
a mentira é uma verdade,
Todos são iguais.

Povo incrédulo,
avarento de si próprio
vive no ilusionismo,
luta por lei,
a lei da desigualdade.

Idólatra de politicagem,
não acredita no porvir,
descendentes da babilônia,
fez do povo escravo,
Todos são iguais.

(Ivanderlan Siqueira)

CARACTERÍSTICAS DAS PLANTAS

olhem o campo,
características das plantas,
do trigo e joio,
relvas e aromas,
folhas pontiagudas,
caules finos e ocos.

O trigo cresce,
apontando para o céu,
joelho dobrado,
frutos colhidos,
Doa de si,
sem nada em troca.

O joio não permanece firme,
torna caido pelo peso de seus enganos,
semente dura e seca,
sem palavras de motivação,
raízes das intrigas. 
cuida da vida alheia.

O trigo tem domínio próprio,
seus frutos acolhidos no tempo,
se torna forte e adorador,
canta salmos de louvor,
na hora da dor,
até aqui o Senhor ajudou.

O trigo amassado,
pisoteado,
Vira pão,
O joio vira veneno,
na hora do aperto,
cada um mostra o que tem no coração.

 (Ivanderlan Siqueira)

Hoje o dia é dela...

Toda bela, Faz do inverno primavera, E lá do alto, Um reino que foi feito pra ela, Manhã construída com exclusividade pra ela.   N...