Histórias diferentes,
Gente da gente,
Comidas típicas,
Costumes e crenças,
Realidade e imaginação.
E com um rolete de cana na mão,
Ser beliscado pela mesma taboca,
Não trocaria por um pudim,
Que pra mim,
Não tem igual.
Um dim dim de biscoito,
Mastigar o plástico,
até acabar o gosto,
Era um efeito saboroso,
É como se fosse o último biscoito.
Um algodão doce,
Na mente da inocência,
a imaginação,
Uma ciência,
O açúcar se transformar em algodão.
O carvão e a carvoeira,
A lenha e a fogueira,
Um doce de mamão,
Menino de bermuda,
Costurado pelo rasgão.
Era um rio que sangrava,
Os cururus se uniam no poste,
As meninadas corriam atrás de tanajura,
Uma jura,
no óleo e na farinha.
Maribondo e borboleta,
Embuá que se enrola,
Na vitrola da vida,
O que se pode ouvir,
É só lembranças daquilo que se foi.
Da cunha da enxada,
A canga e o carro de boi,
O candeeiro e o querosene,
Uma toalha de chita na mesa,
Uma benção aos mais velhos.
Em cada canto foi criado,
um personagem com sua história,
escritas pelas mãos divinas,
guardado em cada coração.
Lembranças inofensivas,
Inofensivas lembranças,
Como um bolinho de goma,
Comprado em dona Joana.
Diz que é de São Vicente...
Em cada canto,
Em algum momento,
Filhos ausentes e presentes,
Bate no peito,
Sou de São Vicente.
(Ivanderlan Siqueira)