sábado, 10 de março de 2018

Diz que é de São Vicente...


Um povo diferente,
Sente na alma ardente,
A lembrança de antigamente.
A primeira professora,
O bilhar de Dativo,
As varredeiras de rua.
A usina de frente pra cadeia,
João da mata cabra valente,
Fechava a rua com sua mula semanalmente.
Leno doido,
Sai da frente
Que tem muita gente pra se lembrar.
3 horas da tarde,
o açúcar pra empacotar,
na bodega de Zé Padre pra comunidade comprar.
O misto com bule de madeira,
O carro pipa,
Desce a ladeira.
As emergências,
Os trabalhadores com paviolas,
O campo de Inacin.
Miro, o bêbado cantador,
O chapéu de celestino,
A barraca de chico Honório.
O mastigado de Suca,
O grupo velho,
Veio o progresso e derrubou.
As ruas sem calçamento,
Biu biano registrou,
Lola, o guarda noturno chegou.
Davi e Gideão,
Construtores de lares,
Acende o candeeiro,
O motor vai desligar a energia do lar.
Diz que é de São Vicente,
Bate no peito dignamente.
(Ivanderlan Siqueira)

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