terça-feira, 12 de junho de 2018

Diz que é de São Vicente... (parte 6)



De longe o brilho,
de um pequeno caldeirão,
Lá dentro tinha uma porção mágica,
Pra saciar a fome de quem pedia pão,
Em passos curtos de grande coração,
Dona Tecina, foi pro galardão.

Revirei tantas gavetas,
Pesquisei em livros e canções,
E no diário da vida alguém encontrei,
E me disse: relate sobre o humor,
Sobre alguém cheio de graça,
Relate sobre Ném de Zé de Branco,
De um sorriso fardo sem pranto.

Seu Sebastião e sua Brasília,
O ano não me lembro mais,
O tempo não volta atrás,
Pra chegar em Itapetim,
Pra mim, não passava de 40.

Na descida do lado da matriz,
Um dente podre pra Carlos arrancar,
A dentadura deixa a formosura,
Nas mãos do compadre Juvena.

Diz que é de São Vicente,
Carrega no peito,
A lembrança de antigamente,
Uma porção mágica,
Lançada do caldeirão da saudade.

Na banguela das lembranças,
A poeira do passado que cobriu,
E o vento chamado tempo,
Em algum momento,
Deixou histórias de encantos,
Escrito no livro,
Chamado, Vida.


(Ivanderlan Siqueira)

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