terça-feira, 26 de junho de 2018

NO DIA DO CASAMENTO


Véu e grinalda,
O povo a espera
Da noiva mais bela,
Encantada e formosa,
Se tornaria a mulher,
Com sonhos interrompidos,
Com desejos diferentes,
Quem sabe, um outro caminho.

No altar em sua espera,
Alguém que lhe queria,
Mas não sabia,
Que o véu que cobria
O rosto daquela mulher,
Escorria lágrimas,
Lágrimas pra desistir,
Dos sonhos de outrem.

Seu velho, seu amigo,
Percebendo e aflito,
Disse lhe:
Se os teus olhos não enxergam este caminho,
não olhe,
Se os teus pés não querem caminharem,
não caminhe,
A tua decisão é a tua escolha,
Ou as tuas contradições.

Abriram se as portas da igreja,
E ali ela,
Singela,
Entristecida,
Sua face umedecida,
Por uma decisão,
Não do coração,
Talvez por uma razão,
O povo se levanta,
O noivo se encanta,
Pra sempre,
A decepção.

E o véu que cobria a face,
Foi rasgado pelo tempo,
E quando vem o momento,
A lágrima da decepção
Escorre sobre a face,
De uma olhar sincero,
De um sorriso belo,
No dia do meu casamento,
Eu não queria casar.

(Ivanderlan Siqueira)

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