Ninguém se esquece da cidade que nasceu,
Ninguém amadurece,
sem ao menos deixar de ser
Elevado pela embarcação do destino.
Nesta embarcação que nos ilude com o tempo,
Tempo que não nos deixa voltar,
E nesta embarcação que saímos à deriva
Deparamos com as ondas da fascinação.
Com as ilhas do entusiasmo,
nos perdemos a noção do tempo,
De um tempo que nos deixa saudoso
Pela simplicidade, dessa cidade.
que a embarcação do destino fez
me elevar,
para um mundo diferente,
Encontrar com outros filhos ausentes,
que a te também deixou.
E quando menos esperamos,
caímos no naufrágio da realidade,
E sobre uma tempestade,
que nos arrasta para a areia coração.
Vêm às feridas que dói,
e nem cicatriza,
por que são feridas das lembranças de um passado bom,
foi escrito na areia,
veio a Água e o apagou.
Na embarcação do destino deixei me elevar
E no mar de lembranças,
o meu coração se alegrará.
Sou um de tantos um,
tantos outros como outros,
se tornar,
filhos ausentes de São Vicente.
Com o coração ardente,
a alma pede esse presente,
um dia iremos voltar.
(Ivanderlan Siqueira)